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QIs das 1000 pessoas mais inteligentes da História e das 100 pessoas mais inteligentes vivas (31/3/2022)

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Esta lista está em fase de construção. A descrição detalhada do método utilizado será divulgada num de meus próximos livros, juntamente com revisões e correções das principais listas existentes:

 

  • 22 (7) Sábios da Grécia Antiga, listados originalmente por Platão, ~380 a.C.

  • 19 (12) gênios históricos de Girolamo Cardano, 1554, 1560

  • 1528 crianças talentosas do estudo longitudinal de Lewis Terman, 1921-1956

  • 301 adultos célebres nascidos entre 1450 e 1850, Catherine Cox, 1926

  • 282 crianças que se tornaram adultos célebres, Catherine Cox, 1926

  • 64 Cientistas eminentes de Anne Roe, 1952

  • 12 gênios de John Platt, 1962

  • 1520 gênios da humanidade (2650 a.C. a 1981) listados por Asimov, 1964, 1976, 1982

  • 100 gênios históricos na avaliação de Tony Buzan, 1994

  • Lista Greatest Geniuses de Ulf Norlinger, 1998-2002

  • Lista Superdotados de Bruno Campello, 1999-2006

  • 4139 personalidades intelectuais e suas realizações (800 a.C. e 1950) de Charles Murray, 2004

  • Lista de 500 gênios omitidos na lista de Cox de 1926, por Andrew Robinson, 2010

  • Notícias variadas sobre prodígios infantis, recordes no Guinness de QI, reportagens diversas sobre QI, rankings de competições de QI etc.

 

Algumas dessas listas são polêmicas, outras são objetivamente ruins, racistas, distorcidas, infladas etc., mas mesmo nas listas ruins se pode extrair algumas informações úteis. O estudo de Murray, por exemplo, apresenta vários problemas, mas ao mesmo tempo é um dos estudos mais completos. Um dos problemas com o estudo de Murray é que o número de citações não é um critério tão apropriado. Einstein, por exemplo, teve mais citações pelo movimento Browniano do que pela Teoria da Relatividade ou pelo Efeito Fotoelétrico, embora estes dois últimos tenham sido mais importantes e envolveram criações intelectuais mais difíceis e mais profundas. Outro problema é que ajustar o número de citações à população de cada época não é adequado porque em populações maiores há maior probabilidade de que a pessoa mais destacada esteja maior número de desvios padrão acima da média do que numa população menor. 

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A lista de Catherine Cox, com colaborações de Terman e Merrill, é provavelmente a mais famosa, e talvez seja o trabalho mais cuidadoso desse tipo, no sentido de que foram estudadas as biografias de cada personalidade histórica cujo QI foi estimado. Outro detalhe positivo é que consideraram as médias das estimativas de 3 pessoas, reduzindo as distorções e a subjetividade. Apesar disso, há muitos erros graves, em parte porque na época não havia algumas ferramentas disponíveis hoje, como computadores, nem determinados métodos estatísticos. Outro problema é que as pessoas que fizeram as estimativas aparentemente supervalorizavam talento literário, não conheciam quase nada sobre Matemática (por isso Gauss, Euler, Galois não constam na lista) nem sobre método científico, por isso Goethe acabou superestimado, no topo da lista, sem que tenha produzido uma contribuição sequer à Ciência. Sem dúvida Goethe foi muito inteligente, foi uma criança prodígio e um polímata quando adulto, mas não fez contribuições originais que tenham sido verificadas empiricamente. Praticamente 100% da obra de Goethe consiste em opiniões pessoais sobre diferentes assuntos, os quais ele analisa com muita perspicácia e profundidade, mas não chega a confrontar suas opiniões com os fatos concretos para que se pudesse saber quais de suas opiniões eram boas representações da realidade. Por isso, posicionar Goethe com 210 de QI acima de Newton com 190 é uma nítida distorção da realidade. Um QI realista para Goethe poderia ser algo perto de 170 a 180, enquanto o de Newton estaria perto de 260.

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Mas mesmo com essas distorções, a lista de 301 celebridades históricas de Cox continua sendo uma das listas mais acuradas de QIs estimados, melhor inclusive que a maioria das listas baseadas em QI medidos objetivamente com o uso de testes de QI.

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Além dos problemas apontados nos critérios utilizados por Cox e sua equipe, há várias outras fontes de erros que geram distorções maiores e mais frequentes. O principal problema parece acontecer quando se extrapola resultados obtidos na infância, ou quando se converte algum escore intelectual em QI, como rating de Xadrez, por exemplo. O rating mede um conjunto de conhecimentos e aptidões que se correlacionam positivamente com QI, mas não muito fortemente, por isso ao converter rating de Xadrez em QI é necessário ajustar o resultado com base nessa disparidade. 

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Por isso, na construção de uma lista desse tipo, um dos maiores desafios está na unificação dos escores de modo a evitar as distorções injustas, resultantes de diferentes escalas e diferentes métodos. Outro ponto importante é que algumas pessoas, como Faraday, não receberam educação formal, enquanto outras, como Kelvin, receberam uma educação primorosa. Como o objetivo é avaliar a inteligência, é necessário tentar filtrar, tanto quanto possível, fatores culturais, econômicos e outros. 

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Um exemplo didático de erros cometidos por Cox e sua equipe é o QI de Copérnico, que foi avaliado (estimado) como sendo cerca de 105 na infância, enquanto Adragon de Mello é citado em algumas notícias como se tivesse 400 de QI. São QIs obtidos por métodos diferentes e ambos distorcidos em direções opostas. 

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Copérnico foi um dos maiores gênios da História, autor de trabalhos revolucionários. Adragon foi uma muito criança precoce, aos 7 anos de idade já fazia coisas de adultos, como ler livros universitários, mas não fazia algo que pudesse sinalizar genialidade, como inventar ou descobrir. É muito diferente de Gauss ou Pascal, que desde crianças já faziam descobertas (ou redescobertas). Quando Adragon chegou à idade adulta, já não havia diferenciais notáveis nele em comparação a outros adultos instruídos e sensatos. Adragon continuou sendo muito inteligente, mas não realizou contribuições relevantes para expandir os horizontes do conhecimento.

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Copérnico revolucionou alguns dos principais paradigmas científicos de sua época e dos séculos seguintes, levantando dúvidas sobre questões fundamentais nas quais grandes gênios haviam trabalhado, mas não haviam se dado conta dos problemas que estavam presentes no modelo cosmológico padrão, mas Copérnico percebeu. Além de identificar tais problemas, deu os primeiros passos no caminho de uma solução. Em contraste a isso, Adragon ganhou espaço nas mídias por memorizar e repetir informação, por aprender determinadas técnicas pré-existentes e aplicá-las em condições triviais.

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De acordo com o New York Times de 13/10/1988, os professores de Adragon reportaram que suas notas eram limítrofes e que não apresentava nenhum brilho intelectual, não tinha ideias criativas e não apresentava qualquer indício de genialidade. Achei esses comentários desnecessariamente hostis e ofensivos, porque embora Adragon não seja um gênio, como a mídia havia “vendido”, o talento de Adragon precisa ser valorizado e reconhecido, mas sem distorções sensacionalistas. Primeiro a mídia criou um mito em torno dele, com base em critérios rasos, depois derrubou o mito e arruinou com a imagem dele, também por meio de critérios rasos, como se ele tivesse alguma culpa das fantasias que foram criadas em torno dele. Em parte, parece que seu pai, Agustin de Mello, teve alguma culpa nisso. Quase sempre esses casos de prodígios forçados são construção do pai, da mãe ou de ambos. Ainan Cawley, por exemplo, também parece ter sido uma criança realmente muito precoce e talentosa, mas seu pai tentou distorcer ao extremo a situação, vendendo nas mídias um QI de 349.

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O QI correto de Adragon é provavelmente alto, talvez 150 a 170, assim como o QI de Ainan. O de Copérnico é muito mais alto, provavelmente perto de 220. O sistema educacional é muito lento e superficial, por isso é possível oferecer educação acelerada a uma criança com QI entre 130 e 150 de modo que ela aprenda a ler aos 2 ou 3 anos, pode estudar 8h por dia, aprendendo o conteúdo de 5 anos em 1 ano e, seguindo esse ritmo, aos 7 anos pode ingressar na universidade. Sob o ponto de vista do bem-estar da criança, o ensino acelerado pode ser positivo, se a criança estiver apreciando esse processo, ou negativo, se a criança estiver sendo forçada e infeliz. Mas mesmo nos casos em que é positivo, não é correto interpretar esses resultados como indício de genialidade. A confusão entre precocidade e genialidade é muito frequente, não apenas nas mídias sensacionalistas, mas também entre pesquisadores e especialistas. O famoso estudo conduzido por Lewis Terman, com 1528 crianças talentosas, é um exemplo disso. Ele apostava que as crianças que haviam demonstrado capacidade para resolver problemas típicos de adultos se tornariam adultos geniais, mas sua hipótese se mostrou incorreta. Na verdade, entre as crianças que ele não selecionou, porque tinham QI abaixo de 135, duas delas ganharam prêmio Nobel de Física depois de adultas (Luis Walter Alvarez em 1968 e William Shockley em 1956), enquanto nenhuma das crianças que ele selecionou foi capaz de ganhar qualquer prêmio intelectual expressivo.

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A média das crianças selecionadas por Terman, depois de adultas, conseguiu maior sucesso acadêmico e financeiro do que a média das crianças que não foram selecionadas, isso porque as habilidades necessárias para esse tipo de sucesso eram compatíveis com o tipo de habilidade medida nos testes. Mas o tipo de habilidade necessária para produção intelectual em alto nível é muito diferente do que o teste media, a tal ponto que o teste deixou escapar justamente as duas crianças mais talentosas, o teste não foi capaz de selecionar corretamente nenhuma criança excepcionalmente talentosa, embora houvesse duas delas no grupo examinado.

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Por isso não se pode simplesmente coletar números indicados em diferentes fontes e incluir tudo num ranking, sem antes corrigir as distorções. Um dos erros mais frequentes observados em quase todas as listas é o QI de Einstein ser citado como se fosse 160, enquanto o QI do ator James Woods é citado como 180. Mesmo para pessoas leigas isso é contraintuitivo e está obviamente errado. Se os dois QIs forem colocados na mesma escala, o QI correto de Einstein é cerca de 247, enquanto o de James Woods é cerca de 153. Se considerar a conversão de escores no SAT em QI baseada em Teoria de Resposta ao Item calculada em https://randomcriticalanalysis.com/2015/06/18/on-sat-act-iq-and-other-psychometric-test-correlations/ então o QI de Woods é cerca de 138.

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Em alguns casos é relativamente fácil e rápido identificar o erro e corrigi-lo com razoável precisão. James Woods, por exemplo, o correto é cerca de 153 ou 138, dependendo do método utilizado na conversão e no significado do escore, porque se trata de uma conversão de seu escore 1579 no SAT em QI. O SAT é um exame aplicado em milhões de pessoas, bem padronizado, por isso é fácil determinar a correspondência correta do escore no SAT em QI equivalente.

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Outras vezes a correção é moderadamente difícil, como no caso de Kasparov, que teve escore 123 e 135 em dois testes inadequados, e teve rating FIDE 2851 em seu auge, que convertido em QI pela fórmula de Bill McGaugh corresponde a 190,7. Porém o rating de Xadrez sofre um efeito inflacionário muito rápido, muito mais rápido que o efeito Flynn, por isso não se pode converter o rating em QI antes de corrigir a inflação. Mas esse não é o único problema. A competência para Xadrez se correlaciona fracamente com a inteligência, sendo necessária uma abordagem bayesiana, com vários ajustes, para que o resultado final não seja grosseiramente distorcido. Por uma imensa sorte, depois de fazer os ajustes adequados, o resultado fica muito semelhante ao valor nominal obtido pela aplicação direta da fórmula de McGaugh, com o detalhe que o percentil correspondente fica grosseiramente incorreto, diferindo em algumas ordens de grandeza.

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Outra grande coincidência é o caso de Terence Tao, cujo QI estimado por um método muito inadequado, baseado em avaliações na infância, chega a um valor nominal muito próximo do correto, mas também com grande distorção no percentil.

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Os high range IQ tests também apresentam erros sistemáticos nos percentis, embora os QIs sejam razoavelmente acurados, se interpretados como escores numa escala aproximadamente intervalar. O problema é que são interpretados como escores ajustados para se distribuírem normalmente, quando na verdade não são. Só seriam se fossem aplicados na população mundial inteira e os níveis de raridade observados na população mundial fossem tomados como base para determinar os QIs correspondentes. Mas não isso que acontece. Esses testes são aplicados a grupos com poucas centenas ou poucos milhares de pessoas. Ainda que sejam pessoas de um extrato seleto, no topo 2% ou acima, não se pode padronizar os resultados para níveis de raridade acima de 1 em 100.000 ou no máximo 1 em 1.000.000. Na verdade, até poderia, mas não da maneira como isso está sendo feito. Esse é um ponto analisado com mais detalhes em outros artigos.

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Esses casos como os de Kasparov e Tao, nos quais se chega a valores razoavelmente próximos dos corretos, por métodos grosseiramente incorretos, são exceções “afortunadas”. Geralmente quando se utiliza métodos inadequados, os resultados são muito distantes dos corretos.

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Quanto maiores são os erros, mais fácil é para identificar o problema, mas pode não ser tão fácil determinar o valor correto, sobretudo quando não há um escore de referência. No caso de James Woods, é fácil corrigir porque há um escore no SAT como referência, e não é um escore distorcido. Em outros casos, tem-se um escore de referência que mais atrapalha do que ajuda. No caso de Ainan Cawley, os valores estimados pelo pai da criança são fora da realidade (QI=349), além de a metodologia apresentar vários erros. Nesses casos, embora seja fácil identificar o erro, fica difícil estimar qual é o valor correto, devido à ausência de dados confiáveis.

 

Nos casos de estimativas baseadas na produção intelectual, se a pessoa esteve entre os 5 ou 10 melhores do mundo em alguma área como Matemática ou Física, é relativamente fácil estimar com base na raridade e pela população na época que ela viveu. Mas se a pessoa se destacou numa área diferente, que não se correlaciona fortemente com inteligência e não exista naquela área um ranking ou um rating, como no caso do Xadrez, torna-se mais difícil.

 

Freud, por exemplo, tem muito mais citações do que físicos e matemáticos com mais de 200 de QI, embora o QI de Freud fosse algo perto de 160-170. Isso mostra que o número de citações também não é um critério muito acurado, embora seja bastante razoável. Einstein teve muito mais citações de seu artigo sobre o movimento Browniano do que de seus artigos sobre efeito fotoelétrico ou sobre Relatividade, embora seus artigos sobre efeito fotoelétrico e Relatividade sejam mais importantes e envolvam criações intelectuais mais notáveis e mais difíceis. Matemáticos autores de trabalhos excepcionais em áreas muito específicas acabam tendo poucas citações porque poucas pessoas no mundo compreendem seus trabalhos, ao passo que autores de obras triviais podem ser fartamente citados por serem muito acessíveis, ainda que suas obras não tenham qualquer brilho ou relevância. Por isso os estudos de Murray também precisam ser vistos com reserva.

 

Por esses e outros motivos, para evitar distorções nas comparações entre escores provenientes de diferentes testes, diferentes métodos de conversão (SAT ou GRE em QI, rating de Xadrez em QI etc.), estimativas por diferentes autores baseados em diferentes escalas e com diferentes critérios, os valores foram todos unificados numa mesma escala. Além disso, a escala adotada satisfaz aos critérios de Thurstone (usamos uma escala de proporção), evitando numerosas distorções e anomalias presentes em escalas padronizadas pelo método de Wechsler ou pelo método de Terman, que são as mais usadas.

 

A lista a seguir é um resumo preliminar. Uma lista mais completa será publicada em breve. O primeiro número indica o QI na mesma escala utilizada nos high range IQ tests normatizados por comparação com o Mega Test ou Titan Test ou ambos. O número entre parêntesis está numa escala diferente, que representa o percentil verdadeiro convertido num escore padronizado com média 100 e desvio padrão 16 ajustado para coincidir com o de uma distribuição normal. Para o intervalo entre 70 e 130 as duas escalas são muito semelhantes, mas a partir de 130 a diferença começa a crescer rapidamente. Para mais detalhes sobre o método utilizado, veja https://www.sigmasociety.net/escalasqi

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250 (202) ~10 in History, 1 in 10.000.000.000

Leonardo Da Vinci, Itália
Isaac Newton, Inglaterra

Albert Einstein, Alemanha
Aristóteles de Estagira, Grécia
Johann Carl Friedrich Gauss, Alemanha
Arquimedes de Siracusa, Grécia
Leonard Euler, Suíça

 

235 (195) ~150 in History, ~10 in World, 1 in 700.000.000

William Stephen Hawking, Inglaterra 
Hindemburg Melão Jr., Brasil

Jules Henri Poincaré, França

Michael Faraday, Inglaterra
Michael Francis Atiyah, Inglaterra
Thomas Alva Edison, EUA
Galileu Galilei, Itália
Johannes Kepler, Aleamanha
Christiaan Huygens, Holanda
Abu Ali Haçane ibne Alhaitame (Al-Hazen), Pérsia
Srinivasa Ramanujan, Índia

Gottfried Wilhelm Leibniz, Alemanha

Nikola Tesla, Croácia

Robert Hooke, Inglaterra
Grigori Yakovlevich Perelman, Rússia
Demócrito de Abdera, Grécia
Kurt Friedrich Gödel, Áustria
Bernhard Riemann, Alemanha.

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220 (188) ~2.000 in History, ~300 in World, 1 in 50.000.000

Richard Feynman, Estados Unidos
Steven Weinberg, Estados Unidos
Michio Kaku, Estados Unidos
Pierre Simon Marquês de Laplace, França
Blaise Pascal, França
James Clerk Maxwell, Reino Unido
David Hilbert, Prússia (atual Alemanha)
Edward Witten, Estados Unidos
Évariste Galois, França
John Von Neumann, Hungria
Hiparco de Niceia, Grécia
Roger Penrose, Reino Unido
Kip Thorne, Estados Unidos
Alan Harvey Guth, Estados Unidos
Eratóstenes de Cirene, Grécia
Alan Mathison Turing, Reino Unido
János Bolyai, Hungria
Louis-Victor-Pierre-Raymond, 7.º duque de Broglie (Louis De Broglie), França
Nicole de Oresme, França
Euclides de Alexandria, Grécia
Aristarco de Samos, Grécia
Abu Raiane Maomé ibne Amade Albiruni (Al-Biruni), Uzbequistão
Ronald Aylmer Fisher, Reino Unido
Ala Al-Din Abu'l-Hasan Ali Ibn Ibrahim Ibn (Al-Shatir), Síria
Roger Bacon, Inglaterra
Jean-Baptiste Joseph Fourier, França
Pitágoras de Samos, Grécia
Petri Widsten, Finlândia (Sigma VI)
Pierre de Fermat, França
Francis Bacon, Inglaterra
George Lemaître, Bélgica
Carl Edward Sagan, Estados Unidos
Abu Inrã Muça ibne Maimum ibne Ubaide Alá Alcurtubi (Moses Ben Maimônides), Espanha
Nikolai Ivanovich Lobachevsky, Rússia
Joseph Louis Lagrange, Itália
Humpry Davy, Reino Unido

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205 (180) ~30.000 in History, ~4.000 in World, 1 in 3.500.000

Teodoro de Samos, Grécia
Girolamo Cardano, Itália
Niccolò Fontana Tartaglia, Itália
Abu Ali Huceine ibne Abedalá ibne Sina (Avicena), Pérsia (atual Irã)
Abu Alualide Maomé ibne Amade ibne Maomé ibne Ruxide (Averróis), Espanha
Terence Chi-Shen Tao, Austrália

Maryna Viazovska, Ucrânia
Johannes Hevelius, Polônia
Bertrand Arthur William Russell, Reino Unido
Diofanto de Alexandria, Egito
René Descartes, França
Evangelista Torricelli, Itália
Jean le Rond d'Alembert, França
Marco Ripà, Itália (Sigma VI,
Giga Society)

Tycho Brahe, Dinamarca

Muhammad ibn Muhammad ibn al-Hasan al-Tusi (Al-Tusi), Pérsia
Benjamin Franklin, Estados Unidos
Maria Kovalevskaya, Rússia
William James Sidis, Estados Unidos
Eudoxo de Cnido, Grécia

Heron de Alexandria, Grécia
Henry Cavendish, Reino Unido
Giordano Bruno, Itália
Nicolau Copérnico, Polônia
Claudio Ptolomeu, Egito

Maryam Mirzakhani, Irã
Andrei Kolmogorov, Rússia
Dmitri Mendeleev, Rússia
Marie Sklodowska Curie, Polônia
Giovanni Domenico Cassini, Itália
Jean Buridan, França

Ideki Yukawa, Japão
Charles Spearman, Reino Unido
Al-Khwarizmi, Pérsia (atual Uzbequistão)
Olaus Roemer, Dinamarca
William Thompson (Lord Kelvin), Reino Unido
Emmanuel Lasker, Alemanha
James Prescott Joule, Reino Unido

"Satoshi Nakamoto", Terra (alegadamente Japão, obviamente falso, provavelmente EUA)
Sócrates, Grécia

Karl Pearson, Reino Unido
Guilherme de Ockham, Reino Unido
Karl Raimund Popper, Áustria
Louis Pasteur, França
John Dalton, Reino Unido

Cecilia Payne, Reino Unido-Estados Unidos
Christopher Clavius, Alemanha
Johannes Hevelius, Polônia
Andreas Vesalius, Bélgica
William Harvey, Reino Unido
Paul Charles Morphy, Estados Unidos
James Bradley, Reino Unido
Robert Boyle, Irlanda
Adrien-Marie Legendre, França
Georges Cuvier, França
Thomas Young, Reino Unido
Friedrich Wilhelm Heinrich Alexander von Humboldt, Alemanha
Imhotep, Egito 

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190 (171,5) 1 in 250.000

Jost Bürgi, Suíça
Nicolaus Reimers Baer, Holanda
Vitrúvio, Itália
Roberto Grosseteste, Inglaterra
Giuseppe Occhialini, Itália
Christoph Wittich, Alemanha
Alfred Russel Wallace, Reino Unido
Martinho Lutero, Alemanha
Nicolau de Cusa, Alemanha
Immanuel Kant, Alemanha
Charles Messier, França
Galeno, Grécia
Robert James Fischer, Estados Unidos
Garry Kasparov, Rússia
Antoine Lavoisier, França
Marilyn Mach vos Savant, Estados Unidos (Mega Society)
Christopher Michael Langan, Estados Unidos (Mega Society)
Kim Ung-Yong, Coreia do Sul
Nathan Leopold, Estados Unidos
John Flamsteed, Inglaterra
Hipácia de Alexandria, Egito
Johannes Regiomontanus, Alemanha
John Napier, Escócia
Johannes Gutenberg, Alemanha
Jean Picard, França
François-Charles Mourey, França
Jean Foucault, França
Hippolyte Fizeau, França

Marietta Blau, Áustria
Edwin Hubble, Estados Unidos

Cecil Frank Powell, Reino Unido

Benjamin Netanyahu, Israel
Leonardo Fibonacci, Itália
Isaac Asimov, Estados Unidos
Anaximandro, Grécia

Vitalik Buterin, Rússia
Platão, Grécia

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170 (159) 1 in 9.000

Alfred Binet, França
Charles Darwin, Inglaterra
Jean-François Champollion, França
Francis Galton, Inglaterra

César Lattes, Brasil

Eugene Gardner, Estados Unidos

Arthur Charles Clarke, Sri Lanka/Reino Unido
Fiódor Dostoiévski, Rússia
Johann Wolfgang von Goethe, Alemanha
John Frederick William Herschel, Inglaterra
William Shakespeare, Inglaterra
Homero, Grécia antiga
Sigmund Freud, Áustria

William Herschel, Alemanha
Stephen Jay Gold, Estados Unidos
Noam Chomsky, Estados Unidos

Jean Piaget, Suíça
Victor Hugo, França
Hamurabi, Babilônia
Gregor Mendel, República Tcheca
João Paulo II, Polônia
Edmond Halley, Inglaterra
Brian Greene, Estados Unidos
Jean-Baptiste Lamarck, França
Liev Tolstói, Rússia
George Bernard Shaw, Irlanda/Reino Unido

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155 (149) 1 in 900

Genghis Khan, Mongólia

Rowan Sebastian Atkinson, Reino Unido

Mark Elliot Zuckerberg, Estados Unidos 

Willard Carroll Smith II, Estados Unidos 

Hans (Dolph) Lundgren, Suécia

Átila, Império Huno (atual Hungria)
Ciro II, Império Aquemênida (atual Irã)

Sylvester Stallone, Estados Unidos 
Lewis Madison Terman, Estados Unidos
Charlie Chaplin, Reino Unido

Donald John Trump, Estados Unidos

Matthew (Matt) Paige Damon, Estados Unidos
Júlio César, Roma

Karl Marx, Alemanha
Saladino, Império Aiúbida (atual Síria)
Napoleão Bonaparte, França
Alexandre Magno, Macedônia
Abraham Lincoln, Estados Unidos
Ludwig van Beethoven, Alemanha
Jean-Jacques Rousseau, Suíça

Cleópatra, Egito antigo

Stanley Kubrick, Estados Unidos

Alexander Fleming, Reino Unido
Spartacus, Império Romano
MuZero (Inteligência Artificial)

AlphaFold (Inteligência Artificial)
Pierre Louis Maupertuis, França

Mayim Hoya Bialik, Estados Unidos
Wolfgang Amadeus Mozart, Áustria

Brian Harold May, Reino Unido

Christopher Ashton Kutcher, Estados Unidos

James (Jimmy) Earl Carter Jr., Estados Unidos

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145 (140) 1 in 200

Afonso X, Espanha
Dom Pedro II, Brasil

Barack Hussein Obama II, Estados Unidos

Leonardo Wilhelm DiCaprio, Estados Unidos

Quentin Jerome Tarantino, Estados Unidos
Cristóvão Colombo, Itália/Espanha
Enéas Carneiro, Brasil
Sharon Stone, Estados Unidos

Geena Davis, Estados Unidos
Madonna Louise Veronica Ciccone, Estados Unidos

Natalie Portman, Israel

Adam Richard Sandler, Estados Unidos

Nolan Gould, Estados Unidos

GPT 3.5 (Inteligência Artificial)

Larissa de Macedo Machado (Anitta), Brasil

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135 (133) 1 in 50

George Timothy Clooney, Estados Unidos

John (Johnny) Christopher Depp II, Estados Unidos

Arnold Schwarzenegger, Áustria

Kevin Spacey Fowler, Estados Unidos

Emma Charlotte Duerre Watson, Reino Unido

Nicole Mary Kidman, Havaí

George Walker Bush, Estados Unidos

Julia Fiona Roberts, Estados Unidos

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Fiquei em dúvida sobre incluir ou não meu nome na lista. Quando Asimov escreveu sua excelente obra “Gênios da Humanidade” (Biographical Encyclopedia of Science and Technology), ele não incluiu a si mesmo, mas talvez essa não-inclusão tenha sido correta, porque ele realmente não prestou contribuições originais à Ciência, como fizeram quase todos os biografados (com algumas exceções, como Freud). Quando Rafael Leitão fez uma lista dos 10 melhores jogadores de Xadrez do Brasil de todos os tempos, ele também não incluiu a si mesmo, embora ele certamente estivesse entre 4 primeiros.

 

Em princípio, eu estaria mais inclinado a seguir o bom exemplo do Leitão, porém há alguns erros que precisam ser corrigidos, como nos casos de Harding, Langdon, Marilyn e outros que chegaram a ser, em algum momento, citados como portadores dos maiores QIs do mundo, ou no caso de Langan, que em 1999 praticamente se autoproclamou como a pessoa com QI mais alto das Américas, e posteriormente o mais alto de todos os tempos, com base em testes cujo nível de dificuldade é inadequado para medir QIs acima de 140[*]. Em minha entrevista para a revista canadense In-Sight Journal, comento um pouco sobre esse assunto:  https://www.sigmasociety.net/entrevista-jacobsen (English version: https://in-sightpublishing.com/2022/06/08/melao-1).

[* Langan também teve escore 174 no Mega Test em sua primeira tentativa e 190 na segunda, mas o escore que ele usou para reivindicar o QI mais alto das Américas foi obtido num teste típico de clínica]

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Não há dúvidas de que Harding, Langdon, Langan, Marilyn, Rosner, Raniere sejam pessoas muito inteligentes, num nível de 1 em 100.000 a 1 em 1.000.000, dificilmente acima disso. Num continente com quase 1 bilhão de pessoas, eles têm boas chances de estarem entre 1.000 mais inteligentes das Américas, mas não entre os 100, muito menos entre os 10 e certamente nenhum deles tem o menor embasamento para reivindicar com seriedade a posição de número 1 das Américas ou do mundo. Como esse tema já foi discutido no link acima, não repetirei aqui, mas gostaria de deixar registrados mais três detalhes:

 

  1. Quando Romário dizia abertamente que ele era o melhor jogador do mundo, foi muito criticado por isso, porque as pessoas são adestradas para fingirem que são modestas, para menosprezarem a si mesmas, entre outras condutas consideradas “educadas” para que sejam aceitas na sociedade. Bruce Lee também era criticado por isso, assim como Galileu e muitos outros. Em certa ocasião, um jornalista perguntou a Bruce se ele era o melhor lutador do mundo, ao que Bruce respondeu “Se eu disser que sou, você pode me achar arrogante. Mas seu disser que não sou, você saberá que é mentira.”

  2. Durante minha infância, e início da adolescência, foi doutrinado para acreditar que os mais velhos são mais sábios, que as pessoas academicamente mais graduadas são mais cultas e/ou mais inteligentes, sobretudo se tiverem sido distinguidas com muitos prêmios e certificações, que devemos acreditar no que está nos livros. Mas à medida que fui conhecendo melhor como o mundo funciona, fui percebendo que a realidade é muito diferente disso.

  3. Uma frase famosa repetida várias vezes pelo Clóvis de Barros Filho é “Os circuitos de consagração social são tão mais valiosos quanto maior for a distância social entre consagrador e objeto consagrado”, que está obviamente errado, porque não existe uma relação linear nesse sentido. Há apenas uma correlação positiva em algumas situações e negativa em outras. Por exemplo: Einstein ser elogiado por seu amigo Lorentz teria peso muito maior do que ser elogiado por um agricultor coreano ou por um pagé de Madagascar, embora a distância social entre Einstein e Lorentz fosse muito menor do que entre Einstein e o agricultor ou o pagé, refutando a declaração de Bourdieu. (Q.E.D.) As pessoas, em geral, se impressionam muito com pouco (como essa frase rasa e incorreta de Bourdieu), mas não se impressionam com o que é de fato notável.

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Também tive dúvidas sobre os nomes de vários expoentes das sociedades de alto QI, se deveria citá-los nessa lista com minhas próprias estimativas, ou com base nos escores que obtiveram em testes questionáveis, ou com base em algum outro critério. Há algumas polêmicas que eu não me importo de me envolver, mas há outras que prefiro evitar. No caso de Chris Harding, por exemplo, fiquei longo tempo hesitante se deveria comentar sobre ele, em diferentes ocasiões, porque embora haja informações incorretamente favoráveis a ele sendo disseminadas, ele já está com 77 anos e talvez esse não seja o momento de criticar algo que possa criar para ele algum tipo de desconforto. Por outro lado, ele está ligado a grupos eugenistas e ele nunca se preocupou com o desconforto que causou a muitas pessoas com as opiniões opressivas e injustas que ele sustentou. Então acabei optando por divulgar, com moderação, alguns fatos e revisar algumas fantasias em torno dele. Esses assuntos também são analisados em minha entrevista e no texto introdutório do STE.

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Veja também:

The Sigma Test Extended

Artigos

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