Imortalidade, ressuscitação e religiões
Quando se fala em “imortalidade” e “ressuscitação”, há algumas importantes questões filosóficas e religiosas a serem consideradas. Nesse texto analisaremos essas questões sob uma perspectiva mais profunda e mais correta do que as tradicionais, com uma reinterpretação dessa velha polêmica sob a luz dos novos avanços da Ciência, da compreensão da Ética e da Teologia.
Procedimentos médicos com a alegada intenção de promover a ressuscitação têm sido adotados por muitos séculos, a maioria envolvendo técnicas bizarras e pseudocientíficas, mas nas últimas décadas começaram a ser alcançados os primeiros resultados cientificamente bem-sucedidos. A maneira como as religiões interpretam o uso dessas técnicas tem variado de acordo com a época, a localidade e a crença específica.
Na Antiguidade, muitas culturas acreditavam que a morte era um evento irreversível e que tentar ressuscitar uma pessoa seria uma interferência nos desígnios divinos. No Egito, o corpo do falecido era mumificado para preservá-lo para a vida após a morte, mas não havia tentativa de trazê-lo de volta à vida material na Terra. Pensavam que a alma prosseguia sua existência num outro ambiente desconectado da vida terrena. Na China, pensavam que a alma continuava a existir após a morte, mas retornaria (reencarnaria) a Terra num outro corpo de uma criança humana ou animal, renascendo em condições melhores ou piores, de acordo com seus méritos, e enquanto não reencarnasse, o corpo anterior deveria ser preservado para que a alma pudesse continuar a existir no mundo dos espíritos, por isso era comum o embalsamamento. Na Mesopotâmia, a morte também era considerada um evento irreversível, mas em algumas lendas, como a de Gilgamesh, retratam tentativas de ressuscitar personagens importantes.
Na Grécia Antiga, o poder de ressuscitação era considerado um milagre facultado exclusivamente aos deuses, por isso qualquer tentativa de ressuscitar alguém sem a intervenção divina era considerada sacrílega. Asclépio (também conhecido como Esculápio) é habitualmente apresentado como um personagem mitológico – o deus grego da Medicina –, mas algumas descobertas arqueológicas recentes mostraram que os poemas de Homero, nos quais Asclépio é mencionado, podem ter sido dramatizações de fatos históricos reais misturados com fantasias. Então é possível que Asclépio tenha sido um médico proeminente que viveu por volta de 1200 a.C., mas grande parte do que se diz sobre sua vida pode ser invenção. Numa das versões, ele teria ressuscitado Hipólito, filho de Teseu, sem permissão dos deuses, e quando Zeus soube de sua transgressão, puniu-o com a morte.
No Cristianismo, a ressurreição e a ressuscitação geralmente são consideradas milagres divinos. Entretanto, a Igreja Católica permitiu tentativas médicas de ressuscitação a partir do século XVIII. O Papa Pio VI, em 1791, aprovou a utilização de uma técnica de reanimação que consistia em utilizar um enema para introduzir fumaça de tabaco no canal retal, que os médicos da época alegavam que poderia trazer a pessoa de volta à vida. A imagem abaixo é uma representação desse dispositivo:
Durante a Idade Média e o Renascimento, a violação de cadáveres, para quaisquer fins, era considerada pecaminosa e ilegal. Os médicos não podiam dissecar cadáveres para estudá-los, embora isso fosse amplamente praticado de forma clandestina, inclusive Leonardo Da Vinci praticou a dissecação para conhecer melhor a anatomia humana e, assim, poder pintar quadros mais fidedignos em seus pormenores.
Atualmente, muitas religiões aceitam o uso de técnicas médicas de ressuscitação, como a reanimação cardiopulmonar (RCP) e o uso de desfibriladores, como uma forma de preservar a vida. Inclusive em casos nos quais a pessoa é declarada clinicamente morta, são aceitos procedimentos que têm como objetivo trazer a pessoa de volta à vida, até alguns minutos depois da morte.
Tive a oportunidade de conhecer duas pessoas que morreram e foram trazidas de volta à vida: Samuel Alves Galdino e Pierluigi Piazzi.
No caso de Samuel, esteve clinicamente morto por cerca de 8 minutos, até que os médicos o conseguissem ressuscitar. Perdeu grande parte de suas memórias, e a literatura médica atual atribui essa sequela à redução na oxigenação no cérebro por um período relativamente longo. Haveria uma longa discussão sobre se essa interpretação é plausível e correta, mas isso nos desviaria muito de nosso objetivo, por isso trataremos dessa controvérsia numa outra oportunidade. O que nos convém analisar aqui é que, antes da morte, Samuel era advogado e enxadrista, mas depois de ser ressuscitado, não sabia mais jogar Xadrez nem se lembrava de nada do que aprendeu no curso de Direito, não reconhecia a esposa nem os amigos, mas suas faculdades cognitivas foram preservadas intactas, exceto uma parte de sua memória. Ele voltou a falar com mesma fluência, assim como voltou a construir sentenças complexas e bem articuladas, com mesmo nível de rigor lógico que ele apresentava antes de ter morrido. No caso de Pierluigi, permaneceu morto durante apenas um minuto e meio, e acredita-se que por essa razão não apresentou nenhuma sequela, pois o tempo que seu cérebro foi privado de um fluxo adequado de oxigênio não chegou causar danos permanentes.
Durante muito tempo, eu achava que era uma coincidência anormal conhecer duas pessoas que passaram por isso, além de eu conhecer uma pessoa que sobreviveu à uma queda de avião, mas depois eu soube que tais casos são relativamente comuns. De acordo com a American Heart Association, a taxa de sobrevivência à parada cardíaca que ocorre fora do hospital é de cerca de 10%. Nos casos de acidentes aéreos, os números são ainda mais contraintuitivos, e só uma pequena minoria das pessoas que estão presentes em acidentes aéreos acabam morrendo. Mais de 97% sobrevivem.
Há registros bem documentados de casos de pessoas que permaneceram mortas por períodos muito mais longos até serem ressuscitadas. Em 1999, Anna Bågenholm morreu num acidente de esqui e ficou submersa em água gelada por cerca de 80 minutos. Mas foi ressuscitada com sucesso e não apresentou sequelas cerebrais. Um caso ainda mais extremo aconteceu com Audrey Schoeman, que morreu após sofrer uma parada cardíaca durante uma caminhada em uma montanha e permaneceu clinicamente morta por seis horas antes de ser ressuscitada. Entretanto, o caso de Audrey apresenta alguns pontos controversos, porque grande parte da história se apoia exclusivamente em relatos e interpretações do marido, que alega que não conseguia sentir suas pulsações, mas isso não significa que ela tenha necessariamente ficado sem pulsação desde o início. É possível que ela tivesse ficado com o metabolismo muito lento, devido ao frio, e só pouco antes de chegar o socorro médico é que ela de fato sofreu a parada cardíaca. Como as notícias sobre esses casos são extremamente sensacionalistas, com grande quantidade de distorções e invenções, é difícil filtrar a verdade sobre tais relatos.
Isso levanta uma outra questão: essas pessoas estiveram de fato mortas e foram ressuscitadas? Ou o conceito de “morte” precisa ser reformulado? O próprio conceito de “vida” não é bem estabelecido nem bem compreendido.
Esse tema é muito complexo e não seria possível abordá-lo aqui com a necessária profundidade. Analisamos apenas em que medida as intervenções para prolongar a vida não entram em conflito com algumas das principais doutrinas religiosas.
Se fizermos um breve retrospecto histórico, o que podemos observar é que as religiões têm se adaptado aos progressos da Ciência, ao longo dos séculos e milênios. As antigas restrições a procedimentos para prolongar a vida foram se tornando mais flexíveis para permitir que intervenções cada vez mais abrangentes fossem adotadas, priorizando cada vez mais a intenção de salvar vidas.
Ainda existem algumas crenças religiosas que se mostram bastante conservadoras. Testemunhas de Jeová se opõem ao uso de transfusões de sangue e transplantes de órgãos, mesmo quando esses procedimentos são imprescindíveis para evitar a morte de um parente próximo ou de uma pessoa muito querida. Mas a maioria das religiões tem se mostrado mais aberta aos avanços da Medicina e aceitam praticamente todas as técnicas utilizadas para proteger e preservar a vida. Essa tem sido a tendência predominante, mesmo porque há um processo de seleção natural que tende a extinguir os seguidores de religiões que adotem uma doutrina contrária à preservação da vida e que não evoluam para se manter consistentes com a realidade científica.
Geralmente as situações nas quais a religião parece se opor a algum procedimento científico para preservação da vida, depois de transcorridos alguns anos ou décadas, os próprios líderes religiosos acabam reconhecendo que houve algum equívoco na interpretação das Escrituras.
No caso específico do Cristianismo, em nenhuma época a religião cristã criou conflitos diretos com a Ciência solidamente estabelecida, embora muitas vezes alguns religiosos tenham combatido teorias emergentes – enquanto ainda não haviam sido suficientemente corroboradas –, quando essas teorias entravam em conflito com a Fé Cristã. Os dois exemplos mais famosos são provavelmente o Heliocentrismo e o Evolucionismo. É importante deixar claro que os posicionamentos de algumas pessoas ligadas a uma religião não devem ser interpretados como posicionamentos da própria religião.
Nem mesmo as opiniões dos papas (salvo em declarações ex cathedra) podem ser consideradas representativas da doutrina cristã em termos absolutos, mesmo porque muitas vezes os papas que os sucedem revogam ou revisam interpretações de papas anteriores de modo a manter a doutrina em harmonia com a ciência da época.
Uma das principais atribuições dos grandes escolásticos consiste em revisar e reinterpretar dogmas que se revelam destoantes da realidade observada. Embora a religião não seja tão dinâmica e tão volátil quanto a ciência nas revisões e nos aprimoramentos, ela não chega a ser estática e cristalizada. A doutrina evolui ao longo do tempo, por meio dos Concílios Ecumênicos e pelo processo de harmonização entre ciência e fé.
O maior dinamismo da Ciência tem a vantagem de atualizar mais rapidamente o conhecimento com as inovações emergentes, mas ao mesmo tempo expõe a ciência à aceitação injustificada de maior número de ideias especulativas e incorretas, que logo depois precisam ser revisadas, resultando em maior número de erros e correções, com mais oscilações no paradigma vigente. A religião é mais prudente na aceitação de inovações, exigindo maior número de evidências, e evidências mais robustas, para substituir algum conhecimento antigo por um novo, ou para modificar algum conhecimento antigo. Isso reduz a densidade de erros por imprudência, mas aumenta o número de erros por obsolescência.
Quando há dúvida, a Ciência mais frequentemente opta por “testar” as novidades, enquanto a religião opta por continuar fazendo aquilo que se fazia e acreditando naquilo que se acreditava, até que se apresentem mais evidências de que as inovações proporcionam de fato uma melhor interpretação da realidade senciente.
Para finalizar, gostaria de esclarecer dois dos pontos mais importantes:
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Se um religioso específico, ou um grupo de religiosos, incorre em determinado erro de julgamento, ou pratica alguma injustiça, não é correto atribuir essa falha à religião em si, mas sim à pessoa faltosa ou ao grupo de pessoas faltosas. O objetivo primordial da religião não é promover a injustiça nem cometer erros, mas sim promover o Bem e a Verdade. Por isso se alguns religiosos não fazem a interpretação mais correta da verdade e não agem praticando o Bem, é uma falha deles, não da religião.
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É um grande erro fazer uma interpretação rasa das escrituras e ter a pretensão de que essa é a interpretação mais correta. Durante séculos, a Igreja proibiu que pessoas vulgares fizessem interpretações da Bíblica, e uma das razões era evitar problemas desse tipo. A maioria das pessoas não consegue interpretar corretamente um texto básico de Wittgenstein ou uma demonstração geométrica, mas são tão prepotentes que acham que podem interpretar algo muito mais elevado e profundo como a palavra de Deus.
Um dos perigos da interpretação da Bíblia pela população em geral se manifestou quando os albigenses e cátaros começaram a disseminar a crença de que era necessário extinguir a humanidade por meio da não procriação e do suicídio por inanição. Cátaros eram pessoas bem-intencionadas, no ponto de vista deles, achavam estar fazendo o que consideravam certo, mas com um erro de interpretação tão grotesco, se não houvesse uma vigorosa intervenção da Igreja, e se o catarismo se espalhasse, havia o risco de extinção da humanidade em poucas décadas. Os cátaros acreditavam que o mundo terreno era mau, e talvez eles tivessem uma grande parcela de razão, mas a conduta correta deveria ser transformá-lo num lugar bom, com pessoas boas, em vez de extinguir a humanidade. A Igreja e o Estado precisaram impedir que esse movimento crescesse.
Uma análise superficial e apressada pode fazer parecer que a Igreja atuou com excessos para conter essa seita, mas a situação era muito complexa e as tentativas iniciais de dissuadir os cátaros de sua missão suicida não surtiram efeito, e ainda por cima alguns missionários que foram tentar salvar os cátaros acabaram mortos. As várias tentativas de reação amigável se mostraram ineficazes, durante anos. Se a Igreja e o Estado não reagissem com mais energia, um número progressivamente maior de pessoas seria contaminado por uma pandemia de suicídios, além do celibato absoluto, com o firme propósito de extinguir a humanidade.
O fenômeno dos cátaros ilustra muito bem as consequências de pessoas fazendo análises superficiais da Bíblia. Embora os eclesiásticos também estejam sujeitos a cometer erros de interpretação, há uma hierarquia bem estabelecida e um respeito à autoridade, de modo que se o Papa, os Cardeais e os membros do alto Clero dissessem como se deveria interpretar determinada passagem bíblica, os outros acatavam essa interpretação, em vez de tentarem interpretá-la a seu próprio modo. Embora muitas vezes o Papa não fosse a pessoa que fazia as melhores interpretações, o próprio Papa geralmente tinha a humildade e a sensatez de se basear nas interpretações dos grandes filósofos.
Agostinho de Hipona, Roberto Grosseteste, Roger Bacon, Thomas de Aquino, Nicole Oresme e principalmente Isaac Newton foram alguns dos principais intérpretes das verdades bíblicas. Os próprios papas tomaram como base da doutrina as interpretações dessas pessoas, em alguns casos com séculos de atraso, porque algumas vezes os papas não compreendiam os fatos tão bem quanto essas pessoas. Newton, por exemplo, não leu as palavras de Deus na Bíblia, mas sim na própria Natureza. Deus elegeu Newton um de seus principais porta-vozes, presenteando-o com uma capacidade extraordinária de ler os ensinamentos de Deus diretamente na fonte. O Papa é eleito pelo Colégio de Cardeais para uma função diplomática e administrativa, enquanto Newton foi eleito por Deus para a função de descobrir como o mundo funciona e levar esse conhecimento à humanidade.
As pessoas muitas vezes não enxergam isso, por inveja ou incapacidade de julgamento, e em vez de exaltar as realizações de Newton e agradecer a ele por suas inestimáveis contribuições para o bem comum, ainda por cima o criticam e perseguem. Essas pessoas deveriam ser colocadas em cavernas, porque se não fosse por pessoas como Imotep, Hipócrates, Arquimedes, Galeno, Harvey, Newton, Lavoisier, Pasteur, Mendel, Darwin, e outros que descobriram aspectos importantes sobre como o mundo funciona e desenvolveram técnicas de produzir fogo, construíram rodas, roldanas, alavancas, arados, aquedutos, medicamentos, tratamento de água, energia elétrica, geladeira, e tudo que existe em nossa civilização, estaríamos vivendo em cavernas, morrendo aos 20 anos, sem dentes, com várias deformidades por fraturas não tratadas.
Embora ainda haja controvérsias no alto Clero sobre a lenda de Adão e Eva, e alguns ainda insistam na interpretação literal do livro do Gênesis, a tendência ao longo dos anos e décadas é que o bom-senso prevaleça e a Evolução por Seleção Natural tende a ser cada vez mais aceita. O Papa Pio XII emitiu uma encíclica chamada “Humani Generis” em 1950, na qual reconheceu que a Evolução era uma teoria científica digna de estudo. Os papas João Paulo II e Bento XVI também se mostraram claramente receptivos aos fatos, mas ainda há um número considerável de membros da Igreja que insiste em negar a realidade experimental.
Em última instância, não podemos saber se houve de fato um Jardim do Éden com Adão e Eva, pelos motivos que discuto no livro “Filosofia do Bem”, entretanto todas as evidências experiências, interpretadas à luz da razão, apontam na direção de um processo de evolução basicamente igual ao descrito pela Teoria de Darwin, com detalhes que podem diferir, mas na essência é essa a interpretação que deve prevalecer, e os papas daqui a 100 anos ou 200 anos defenderão uma visão semelhante à Teoria de Darwin, com poucos ajustes, do mesmo modo que hoje os papas defendem a Teoria de Newton, com os ajustes da Relatividade Geral.
O que pessoas de bom caráter e bom-senso precisam compreender é que Deus não quer que acreditem cegamente em qualquer bobagem aleatória que ouvem ou leem. Deus quer pessoas que busquem a Verdade, o Bem e a Justiça, e isso não se alcança agindo como jumentos condescendentes que engolem qualquer informação falsa, sem analisar criticamente os fatos. A Verdade, o Bem e a Justiça são alcançados pelo uso do segundo presente mais valioso que Deus concedeu às pessoas: a Inteligência. O mais valioso de todos é a Ética. A alma é formada pela combinação da Ética com a Inteligência.
Se a pessoa age de forma ética e inteligente, sua alma é iluminada, sua vida é honrada e ela atinge a verdadeira Sabedoria, ela se aproxima de Deus e Deus se rejubila com a evolução dessa pessoa. Mas quando a pessoa assume uma postura irracional e arrogante, apoiando-se em interpretações rasas e incorretas e ainda por cima se achando dona da verdade, quando essa pessoa desvairada reluta em aceitar os fatos trazidos por pessoas cujas mentes foram iluminadas por Deus e recusa com hostilidade as Verdades de Deus, essa pessoa se aproxima da condição das feras mais primitivas, e Deus se entristece com esse comportamento.
Uma frase de Galileu resume bem esse ponto: “a Bíblia nos diz como caminhar ao Céu, mas não como o céu caminha”. Galileu cometeu muitos erros, mas também fez descobertas importantes e corretas, e nessa declaração ele estava certíssimo. Inclusive muitos padres, como Copérnico, Mendel, Lemaître, no processo de compreender como o mundo funciona, fizeram interpretações figurativas da Bíblia.
Tentar forçar a realidade a se ajustar a uma interpretação distorcida que alguém fez da Bíblia é sintoma de esquizofrenia. A Bíblia não se propõe a isso, nenhum grande teólogo, nenhum papa defende tal tese. A Bíblia fornece uma base para formular a doutrina sobre a qual se edificação a Religião Cristã. Não trata de Física, Química, Astronomia, Medicina etc. Tentar enxergar na Bíblia ensinamentos sobre Ciência é perverter o significado e a função da Bíblia. O que se pode buscar na Bíblia são ensinamentos morais, e mesmo estes precisam ser analisados como extremo cuidado para evitar interpretações apalermadas.
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